Do politeísmo ao monoteísmo

A partir do século sétimo ocorreram mudanças importantes no modo de vida dos habitantes da península Arábica, conhecidos genericamente como árabes. Nesse período, vários grupos de mercadores tiveram contato com os bizantinos e outros povos e passaram a conhecer os fundamentos de religiões diversas, entre as quais o cristianismo. Algumas ideias dessas religiões acabaram incorporadas pelos árabes.

Entre os mercadores que conheceram outras religiões inclui-se Maomé. Nascido em Meca por volta de 570, ele pertencia a uma das tribos mais poderosas da península Arábica.

Durante uma das viagens de Maomé, teria ocorrido um fato que modificou radicalmente a sua vida: um anjo teria confiado a ele a missão de pregar a crença em um Deus único e universal, Alá. O anjo também lhe teria revelado, em nome de Alá, os preceitos que os crentes deveriam seguir para alcançar a salvação.

Maomé passou a pregar o monoteísmo e, afirmando ser o profeta escolhido por Alá, iniciou suas pregações. A princípio, teria falado apenas a seus parentes mais próximos e às pessoas mais pobres de Meca. Dizia que o mundo iria acabar e que Alá julgaria a todos. Afirmava também que os que seguissem a nova fé e fizessem as preces indicadas seriam salvos.

Tais ensinamentos contrariavam o politeísmo da maioria dos habitantes da península Arábica. Porém, Maomé era tolerado pelos chefes tribais, que temiam contrariar um membro de uma tribo poderosa.