Introdução de "O mundo islâmico"

No início do século em que estamos houve em cerca 1,2 bilhão de muçulmanos (a pessoa na qual exerce o islamismo como religião). Essas pessoas devem se submeter apenas à vontade de Alá, deus único e universal. Os termos "muçulmano" (muslin) e "islamismo" (íslam) derivam totalmente do árabe.

Os muçulmanos são divididos em dois grandes grupos. Entre eles, os xiitas e os sunitas. A mais óbvia diferença entre essas duas correntes é a forma nas quais dividem as profissões. Os xiitas, por exemplo, acreditam que o líder político deve ser também o líder religioso. Já os sunitas acham que não há a necessidade de uma pessoa exercer duas profissões. Para elas, o líder político se diferencia do líder religioso, ou ulemás.

Mas não há como existir esses dois grupos, sem existir o islamismo propriamente dito. Conheceremos a história de como essa religião começou a partir de agora.

Muitas pessoas que moravam em tribos na península Arábica começaram a viajar e conhecer outros povos, como os bizantinos e adotar ideias das outras religiões. Uma dessas pessoas era Maomé que, em uma de suas viagens, recebeu a visita de um anjo. O anjo, por sua vez, confiou a ele uma missão: pregar a crença de um único deus, Alá.

O anjo disse também, em nome de Alá, que têm alguns preceitos para que os crentes cheguem a salvação. Dentre eles, estão os Cinco Pilares do Islã. Com isso, Maomé disse que era o profeta de Alá somente para seus familiares e às pessoas mais pobres de Meca.

Diferente dos demais outros povos, Maomé começou a pregar o monoteísmo. Os líderes políticos que pregavam o politeísmo estavam com medo que Meca perdesse seu poder religioso e comercial e que essa nova religião acabasse com as crenças tradicionais, o que gerou uma grande guerra contra Maomé e seus seguidores.

Como ninguém ousara a discordar de uma pessoa que participava de uma das tribos mais poderosas da península Arábica, Maomé ia se fortalecendo cada vez mais. Com esse aumento de seguidores, o profeta começou a falar mal dos politeístas que dominavam uma grande parte da península Arábica, o que fez com que os líderes tribais finalmente perseguissem Maomé e seus seguidores.

Em 622, com a guerra, Maomé decidiu sair de Meca e se estabelecer em Medina. Essa mudança ficou conhecida como Hégira. Enquanto Maomé destruía os mercadores, o número de seus adeptos crescia, tanto em Medina quanto em Meca.

Anos depois, em 630, o profeta rumou com dez mil soldados para Meca e pediu que invadisse Caaba (uma construção em forma de cubo, na qual guardava imagens de deuses locais e a Pedra Negra que teria se originado do céu) e destruísse todas as imagens de deuses, e que só deixassem a Pedra Negra. Com isso, Maomé conseguiu criar, finalmente, uma nova religião que, mais tarde, foi chamada de islamismo.

Maomé não deixou nada escrito sobre quem seria seu sucessor, o que fez com que os principais seguidores do profeta selassem um acordo. Quatro homens foram escolhidos para ser seus califas (ou halifas, em árabe). O último a ser escolhido foi Ali Ibn Abi, primo e genro de Maomé.

Algumas pessoas continuaram tentando conseguir o título de sucessor de Maomé, até que assassinaram Ali. Os líderes que assumiram o poder a partir dali, começaram a transmiti-lo hereditariamente, ou seja, de pai para filho. Esses líderes modificaram a capital para Damasco, criando assim, a dinastia Omíada. Após 750, os islâmicos foram governados pelos membros da dinastia Abássida que, novamente, mudou a capital para Bagdá.

Quando o anjo desceu e entrou em contato com Maomé, disse a ele que deveriam ser feitas cinco coisas para que chegassem a salvação. Entre elas, rezar ajoelhado em direção a Meca pelo menos cinco vezes ao dia, dar esmolas espontaneamente para a sociedade mais pobre, jejuar do nascer ao pôr do sol no mês do Ramadã, repetir publicamente que "só há um Deus, e Maomé é seu profeta" e ir a Meca pelo menos uma vez na vida, se puder custear a viagem.

Essas revelações foram chamadas, em árabe de quran, "o que deve ser lido". Daí o nome Corão. Desde criancinhas, seus 114 capítulos e 6000 versículos eram decorados pelos muçulmanos.

As normas contidas no Corão interferia também na vestimenta das mulheres. Elas não podem mostrar o cabelo e, em alguns países, o restante do corpo. Elas são obrigadas a usar um véu que esconde todo o corpo, mostrando apenas os olhos, para que elas possam enxergar. Outras, por sua vez, usam as túnicas masculinas no corpo e um lenço no cabelo.

Isso e mais um pouco você confere ao decorrer de sua leitura.